Resumo da palestra das Psicólogas Drª Ana Claudia Verdu e Ms Bárbara Guerra no 1º Congresso Nacional Online de Educação Familiar e Escolar em Autismo, que ocorrerá entre os dias 17 e 22 de outubro de 2016. O Congresso é Online e Gratuito!
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Autismo: ABA, Ensino e Linguagem
A Análise do Comportamento Aplicada é uma ciência que se diferencia da ciência básica por estudar relações de controle de comportamentos de relevância social fazendo jus a todas as outras características relevantes das ciências. É pragmática, analítica e tecnológica; é pautada em um sistema conceitual e o efeito de suas intervenções devem ser demonstráveis e generalizáveis para diferentes contextos.
Considerando os casos de TEA e o presente déficit em interações sociais recíprocas, esse seria um problema de estudo pertinente ao propósito da Análise do Comportamento Aplicada pela sua importância social.
Os déficits em interações sociais podem se manifestar de diferentes formas, tais como, ausência de contato visual, birras, estereotipias, comportamentos auto e hetero agressivos, comprometendo o recebimento de ensino estruturado. Para o recebimento de ensino, é necessário que um aprendiz emita certos comportamentos como sentar, permanecer sentado, fazer contato visual, seguir instruções, imitar gestos e sons.
Considerando que comportamentos são estabelecidos e mantidos pelas suas consequências ou implicações, de maneira geral, as consequências que mantenedoras de comportamentos incompatíveis com a aprendizagem devem ser minimizadas e as consequências para comportamentos compatíveis com a aprendizagem devem ser, de maneira concorrente, maximizadas.
Como consequência dos estudos em Análise do Comportamento Aplicada, diferentes relações entre as respostas emitidas por crianças com TEA e as condições em que ocorrem já foram descritas; este estudo gerou muito conhecimento já testado em diferentes condições e seu potencial tecnológico foi sintetizado em diferentes currículos de ensino de comportamentos relevantes.
Dentre os comportamentos relevantes em um currículo de ensino a pessoas com TEA nos dedicamos ao comportamento verbal e seus diferentes componentes.
É muito comum a ausência ou restrição de comportamento verbal em TEA sendo que o estudo das condições sob as quais os componentes de ouvinte e falante são aprendidos e como a integração entre esses comportamentos pode ocorrer são relevantes do ponto de vista científico e social.
Em alguns casos o ouvir está estabelecido, mas não estabelece correspondência com o falar; em outros, embora uma pessoa seja capaz de repetir uma palavra, ainda não aprendeu a dizer essa mesma palavra quando precisa fazer um pedido ou simplesmente nomear um objeto.
Uma estruturação de ensino que tem demonstrado resultados importantes e consistentes no estabelecimento desses repertórios é o ensino por múltiplos exemplares.
Neste ensino, diferentes tipos de respostas (ex. ouvir e apontar, e falar) são solicitadas em diferentes situações (ex. ouvir a apontar uma figura, falar diante de um som ouvido como forma de imitar, falar diante e uma figura como forma de nomear, ou falar diante de uma necessidade como forma de pedir).
Essas solicitações são apresentadas de forma rotativa em tarefas sucessivas; consequências que mantém a pessoa trabalhando bem são apresentadas a cada tarefa. Como resultado, os resultados de diferentes laboratórios tem obtido uma integração entre o ouvir e o falar, requisitos importantes para a aprendizagem de outros comportamentos mais complexos.
Título da Palestra: Análise do Comportamento Aplicada e Pré-requisitos para Exposição a Currículos de Ensino de Componente da Linguagem
Publicado no site do 1º Congresso Nacional Online de Educação familiar e Ecolar em Autismo. O Congresso é Online e Gratuito. Garanta sua vaga agora emhttp://www.conefau.com.br
Ana Claudia M. Almeida E Bárbara T. Guerra - Ana Claudia Moreira Almeida Verdu. Doutora em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos Professora da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem da Unesp, Bauru. Atua como sócio pleno na Sociedade Brasileira de Psicologia. É pesquisadora do Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia sobre Comportamento, Cognição e ensino (INCT-ECCE) e exerce a função de coordenação local. Bárbara Trevi