Palestra de Fátima de Kwant no 1º Congresso Nacional Online de Educação Familiar e Escolar em Autismo, que ocorrerá entre os dias 17 e 22 de outubro de 2016. O Congresso é Online e Gratuito!  

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Autismo e Educação Especial: Uma Experiência Bem Sucedida

Resumo da Palestra:

Os Países Baixos contam com um dos melhores sistemas de Ensino de toda a Europa. Sendo assim, dividem a Educação em dois subgrupos: o da educação regular e o da educação especial. Aos 5 anos de idade os pais das crianças holandesas têm a obrigação legal de matricular seus filhos numa escola de ensino elementar. As crianças com necessidades especiais não fogem à regra.

O grupo da Educação Especial é um dos mais beneficiados de todo o sistema de Ensino Holandês.

A Holanda é um país social-democrático, e dedica muita atenção (subsídios) aos grupos menos favorecidos da sociedade, como o dos deficientes físicos e/ou mentais e aqueles com um ‘handicap’ de origem psiquiátrica – categoria onde se encontra o autismo.

A Educação Especial é uma opção para crianças com dificuldade de aprendizado e/ou com problemas de comportamento. É dividida em 4 segmentos: 1- Segmento 1 – crianças e adolescentes com uma deficiência visual (cegos ou quase). 2- Segmento 2 – crianças e adolescentes deficiência de linguagem ou comunicação; surdos e/ou mudos; autismo. 3- Segmento 3 – crianças e adolescentes com uma deficiência intelectual; Síndrome de Down; autismo; crianças com doenças crónicas. 4- Segmento 4 – crianças e adolescentes com uma ou mais problemas de desenvolvimento; tdha; autismo.

As crianças e adolescentes com autismo, dependendo das suas dificuldades pessoais, serão inseridos em um dos segmentos do Ensino Especial. Algumas instituições têm somente crianças autistas na escola.

Os profissionais são altamente instruídos e têm um conhecimento sobre todos os aspectos do Espectro, podendo assim, selecionar os alunos em salas onde convivam harmoniosamente. Geralmente cada sala de aula têm alunos com um nível de desenvolvimento cognitivo similar, mesmo que a idade cronológica seja diferente.

Em 1999, aos 3 anos de idade, meu filho, Edinho, hoje com 19 anos, recebia o diagnóstico autismo severo. Como tal, não havia nenhuma chance de ser matriculado numa instituição escolar regular. A Escola Especial não foi opção; no nosso caso, foi uma condição.

Edinho teve a atenção devida em todos os segmentos pelo qual passou, até chegar, hoje, ao curso profissionalizante (terceiro grau) de Contabilidade do Ensino Regular. Cada criança ou adolescente com autismo é única. Alem do mais é impossível fazer um prognóstico acurado do seu desempenho acadêmico no futuro. Por isso, leva-se em conta o momento em que a criança com autismo se encontra.

A matrícula numa Escola Especial não significa que a criança ficaria ali por toda a vida. Muitas passam do Ensino Especial ao Regular bem cedo, assim que suas dificuldades são superadas – o objetivo da educação. Meu filho passou por três dos 4 segmentos da Educação Especial. Foi o tempo necessário para se desenvolver a ponto de progredir ao terceiro grau sem auxílio pedagógico extra.

A Educação Especial no Brasil não deveria ser vista como fim de linha, mas como um meio para que o autista alcance seu espaço na sociedade. Organização e Planejamento são passíveis de serem adotados pelos municípios, a fim de que todo autista receba a educação que merece, com professores aptos a ensinar-lhes.

Título da Palestra: Autismo e Educação Especial na Holanda: Adaptações para o modelo brasileiro

Publicado no site do 1º Congresso Nacional Online de Educação familiar e Ecolar em Autismo. O Congresso é Online e Gratuito. Garanta sua vaga agora em http://www.conefau.com.br

 

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